Episódio VI - ESPERANÇAS VAZIAS - Corpse Party: Sachiko's Last Wish

E aí galerinha do HDA! Beleza?

Fiquem com mais um episódio de Corpse Party: Sachiko's Last Wish. Espero que gostem e assim que terminarem a leitura, COMENTEM o que acharam!

CAPÍTULO VI – ESPERANÇAS VAZIAS

Escola Primária de Heavenly Host – Prédio Principal – Escadaria – Realidade III – 20:59PM

Guilherme ali permaneceu por longos minutos, sentado com as mãos na cabeça em desespero. Acabara de ver uma pessoa ser dilacerada na sua frente, uma com a qual até então estava conversando, ajudando e até mesmo sorrindo ainda que estivessem em um lugar como aquele.

- Guilherme?! É você mesmo? – disse o Professor aproximando-se das escadas e vendo seu querido aluno.

- Pr-Professor! – desceu as escadas secando as lágrimas.

- Você estava chorando? O que aconteceu? Cadê o Astoon? – os questionamentos eram muitos.

- O Astoon... – baixou a cabeça, sem jeito para falar – Bom, agora somos só eu e você aqui, professor.

- Não me diga que ele... – fechou os olhos, virando o rosto – Sinto muito, Gui. – colocou a mão no ombro do mesmo.

- Sairemos desse lugar por ele, tenho certeza. – disse erguendo a cabeça.

- Sim! – respondeu determinado.

- Aliás, onde você estava? Nós procuramos você por todos os lados! – perguntou observando as escoriações por seu corpo descamisado.

- Eu cai em uma sala e apaguei. Assim que acordei, estava tudo tão escuro que quase não encontrei a saída. Ao menos ainda tenho isso. – disse erguendo a chave que havia encontrado com os garotos anteriormente.

- A chave... Só precisamos encontrar onde ela abre. – comentou.

- Já que estamos perto da porta de saída, porque não tentamos? – sugeriu.

Guilherme acenou positivamente a cabeça e os dois seguiram pelo corredor de acesso ao Hall de Entrada.

Escola Primária de Heavenly Host – 2° Prédio – Biblioteca – Realidade II – 20:30PM

A garotinha, que estava sob a mesa voltada para Fredye levantou uma tesoura ensanguentada, uma aura negra tomou conta de menina que apareceu repentinamente na frente dele, empurrando-o contra a porta.

- Então vamos brincar juntos, maninho! – disse sádica com a ponta da tesoura apontando para o pescoço do estudante.

- DEIXA ELE EM PAZ! – gritou a voz feminina por detrás da alma de Tokiko.

- Laura?! – perguntou surpreso.

- Se eu fosse você, sairia daí agora! – disse rangendo os dentes pelo esforço de segurar a garotinha. Fredye rapidamente se soltou, indo para o lado de sua amiga.

- Eu não gosto de brincar assim! Se não sabem jogar, então vou matar os dois! – ela abria e fechava a tesoura sadicamente.

Tokiko fez com que os dois fossem jogados em uma prateleira de livros atrás dos mesmos.

- Droga! Eu não vou morrer aqui! – disse determinado pegando um livro em cada uma das mãos. – No já corremos até a porta e a puxamos com toda força que tivermos!

- A ideia não é a melhor do mundo, mas como não há outra... – respondeu sarcástica também pegando alguns livros. A garotinha gargalhava maléfica.

- AGORA! – os dois jogaram os livros na direção de Tokiko e correram para a porta, tentando abri-la enquanto ela se livrou dos livros lançados.

- Eu já disse que vou matar vocês! – após muito esforço, conseguiram que a porta abrisse espaço suficiente para um corpo humano.

- Anda Laura! Rápido! – Laura foi a primeira a atravessar enquanto a garotinha se aproximou dele. Assim que terminou de atravessar, ela puxou o braço esquerdo de Fredye para fora, mas não antes que a alma perturbada conseguisse atravessar a mão do seu braço direito com a tesoura.

Mesmo com a dor, os dois rapidamente se levantaram.

- Vem, por aqui! – disse puxando-a na direção onde Gaby foi anteriormente.

Escola Primária de Heavenly Host – 2° Prédio – Sala da TV – Realidade II – 20:46PM

- Acho que eu o despistei. – disse Gaby ao fechar a porta – Que lugar é esse? Uma sala de TV? – perguntou olhando em volta e vendo uma velha televisão com um aparelho sobre ela.

- Deveria ter mais cuidado, desse jeito logo não poderá andar. – Blah surgiu por detrás dela.

- Você! Por favor, me diga como salvar meus amigos! – suplicou.

- Vê quão lindos ficamos juntos? – Blah seguiu até um dos armários, abrindo-o e mostrando seu próprio corpo morto junto com o Kou Kibiki.

- S-Sim... Tem razão. – Gaby concordou, sem reação.

- Farei tudo para vê-lo feliz novamente, tudo pelo meu amor. Eu daria minha vida por ele novamente se tivesse a oportunidade de fazê-lo. – a expressão na sua face retratava o prazer que sentia ao falar de seu ídolo, ela apertava os próprios seios por cima do uniforme.

- Você o amava não é mesmo?

- “Amava”? – ela sorriu levemente – Eu o amo e sempre o amarei. Tudo o que fiz e o que faço é por ele, por ele e somente por ele, ninguém mais! – seu tom de voz aumentou e ela se aproximou de Gaby que assustada tentou recuar, mas que por conta da torção de seu pé, caiu sentada.

- Eu s-sinto muito. – respondeu trêmula.

- Vocês são ingênuos se realmente acham que podem sair desse lugar! – deu alguns passos para trás sorrindo sarcástica – Eu descobri sim muitas coisas quando estava viva e desesperada para sair desse lugar. – deu uma pausa colocando a mão próxima à boca, pensativa – São as crianças que sustentam os espaços fechados desse inferno. Se puderem apaziguar as almas delas e conseguir uma confissão do culpado disso tudo, talvez possam voltar para casa.

- Apaziguar os espíritos? Uma confissão do culpado? – ela ouviu passos se aproximando do lado de fora e então notou que Blah desapareceu novamente.

- Gaby! Você está bem! – Fredye e Laura abriram a porta da sala, encontrando sua amiga.

- Confesso que já estive melhor, mas tudo bem. É bom ver que vocês também estão vivos. – sorriu simpática levantando-se com dificuldades.

- O que aconteceu com seu pé? – perguntou Laura.

- Há alguns minutos atrás estava na biblioteca com o Fredye e aí um cara enorme surgiu e aí acabei torcendo-o.

- E depois ainda fez ele a perseguir só para me salvar. – disse sem jeito.

- De qualquer maneira, tenho boas notícias para vocês: eu acho que descobri um jeito de sair desse lugar! – sentou-se em uma elevação próxima.

- Eu também tenho informações valiosas, mas conte você primeiro!

- Eu falei com uma garota que morreu nesse lugar, ela descobriu que precisamos unir todos os espaços fechados apaziguando os espíritos das crianças que morreram aqui naquele horrível incidente. Se fizermos isso e conseguirmos uma confissão do culpado, teremos uma chance. É só o que sei.

- “Quando o poder da maldição oscilar, então será o único momento em que haverá uma ligação entre o mundo real e este mundo. Nesse instante, devemos fazer novamente a simpatia da Sachiko, porém da maneira correta e inversa. É nossa única chance.” – Laura leu parte do memorando no caderno que havia encontrado na sala de arquivos.

- Mas como vamos conseguir fazer isso? – perguntou intrigada.

- Ei, o que é isso? – disse Fredye se aproximando de uma boneca jogada no chão, exatamente onde antes Blah estava conversando com Gaby – “Yoshikazu Yanagihori” – leu a escritura em uma parte do chapéu que a boneca vestia.

- Espera! Esse não é o nome do filho do diretor? – perguntou Laura.

- O que matou as crianças e se enforcou em seguida? – Gaby também ficou curiosa com o artefato.

- “Me-perdoe... Eu-não-queria-fazer-aquilo-com-as-crianças... Eu-não-estava-em-mim...” – começou a falar pausadamente uma voz infantil de dentro da boneca.

Os três ficaram se olhando, assustados.

Escola Primária de Heavenly Host – 2° Predio – Corredores do Térreo – Realidade I – 20:45PM

Will e Ienlov estavam parados em um dos corredores, atentos aos dois lados do mesmo.

- Acho que aqui ficaremos bem. Vamos terminar de ler isso aqui. – disse abrindo novamente o livro ensanguentado.

- Ah, porcaria! – disse colocando a mão na cabeça. Parecia estar com uma forte dor, porém vozes começaram a rondar sua cabeça com palavras que ele não era capaz de entender.

- O que foi? Você tá bem, Ien? – perguntou colocando a mão sobre o ombro dele.

- S-Sim. Foi só... Uma dor de cabeça. – respondeu voltando a si.

- Bem, então vamos continuar lendo. A página que continua a parte que estávamos lendo está totalmente borrada, não dá pra ler nada. Vamos pulá-la.

“Eu juro que não era minha intenção, não foi o que eu planejei. Ela... Ela... Não! Não era pra ser assim, eu só queria saciar aquilo que estava sentindo, mas ela...” – o restante da página era ilegível.

- Seja lá o que aconteceu antes, parece que as coisas não saíram como planejado. – após dizer isso, as vozes voltaram a sua cabeça, porém dessa vez ele tentou se manter firme. Sabia que estava perdendo sua sanidade. Will virou algumas páginas e prosseguiu.

- “Eles descobriram tudo. Mas eu não tive a ver com tudo aquilo. Mas porque ele? Porque fez isso tudo com seu próprio pai? Não... Não foi ele! Foi ela! Eu tenho certeza! Ela atormenta os meus sonhos desde o ocorrido, foi ela! Foi ela! Foi ela! Foi ela! ...” – no restante da página foi repetido a mesma frase diversas vezes – “Foi ela”? Ela quem? De quem é esse diário afinal?

Ienlov começou a gargalhar, sádico.

- Ela não vai deixar irmos embora. – olhou sem expressão para Will – Você não quer morrer aqui por essas coisas, quer? Não há outra maneira Will. Eu posso acabar com seu sofrimento agora mesmo, eu posso acabar com essa sua miserável vidinha e você não vai mais precisar ver tudo isso que te amedronta! – levou a mão a cabeça fechando os olhos – NÃO! SAIA DA MINHA CABEÇA! – Ienlov parecia estar lutando consigo mesmo internamente. Will permaneceu estático, assustado olhando a cena.

Escola Primária de Heavenly Host – Prédio Principal – Sala 2-3 – Realidade IV – 20:49PM

Aline batia na porta da sala 2-3 com violência enquanto os dois estudantes, amedrontados pensavam no que fazer.

- Ela tá possuída! Não tem como salvá-la Caap! Se nós não fizermos nada, ela irá nos matar! – Becaly parecia desesperada olhando a porta fechada.

- Tem que ter algum jeito! Eu não posso deixá-la morrer aqui! Deve ter uma maneira de trazê-la de volta!

A pequena mesa colocada para segurar a porta se quebrou permitindo-a entrar encurralar Becaly e Caap enquanto segurava uma estaca de madeira afiada em mãos. Uma enorme aura negra envolvia seu corpo e seus olhos pareciam extremamente sem vida, porém um sorriso sádico corrompia seu rosto.

- Quem vai fazer companhia pra ele primeiro? – perguntou sarcástica.

Repentinamente mais um terremoto começou a abalar as estruturas da escola e assim, algumas tábuas do andar superior começaram a cair. Aline perdeu o equilíbrio com o tremor e dessa maneira, uma das tábuas que caíram atingiu certeiramente seu pescoço decapitando-a.

Fim do episódio com Becaly e Caap gritando ao ver a cabeça de Aline no chão.

E esse foi o episódio de hoje! Encaminhamos para o ápice de Corpse Party! Logo mais os capítulos que encerrarão e mostrarão o destino dos estudantes! COMENTE o que achou e suas teorias!