Posfácio - CAÍDOS EM ESQUECIMENTO - Corpse Party: Sachiko's Last Wish

E aí galerinha do HDA! Beleza?

Como prometido, segue o posfácio de Corpse Party: Sachiko's Last Wish. Vamos descobrir o que aconteceu com os sobreviventes do massacre de Heavenly Host e também o final daqueles que lá morreram!

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POSFÁCIO – CAÍDOS EM ESQUECIMENTO

Residência dos Sakutaro – 01:07AM

- GUILHERME! – gritaram os pais do garoto assim que chegou em casa.

- O que aconteceu com você filho? O que é esse ferimento na sua barriga? – a mãe de Guilherme estava extremamente preocupada.

- Porque não atendeu a droga do celular?! – seu pai era um pouco mais enérgico – Vou buscar o kit de primeiros socorros.

O garoto por sua vez nada disse. Apenas apoiou-se em sua mãe e desabou em lágrimas.

- Todos eles mãe... todos eles morreram naquele lugar! – dizia em soluços.

- Eles quem, filho?! De quem você está falando?

- O pessoal da minha classe, o professor Lindo e meus melhores amigos. Eu vi pessoas que gosto morrerem na frente dos meus olhos, mãe! – dizia mal conseguindo respirar.

- Aqui está – disse o pai chegando com os materiais para fazer um curativo – Cuide disso que vou ligar para a polícia e dizer que ele voltou pra casa. – disse pegando o celular e voltando-se para sua esposa que prontamente o levou para o sofá da sala.

- Filho, de quem você está falando? Você disse que ficaria até um pouco após as aulas para se despedirem da professora Yui, mas então seu celular ficou fora de área esse tempo todo. Onde você estava? – questionava enquanto fazia o curativo no abdome dele.

- Não mãe... – seu olhar ficou mais sério – Iríamos nos despedir da Aline, lembra? Aquela garota de cabelo rosa da minha classe. Ela iria mudar de cidade por conta do novo emprego do pai dela.

- Guilherme, que eu me lembre não havia ninguém de cabelo rosa na sua sala. Muito menos um professor chamado Lindo. Você está bem, filho?

Sem ao menos esperar sua mãe terminar o curativo, levantou-se pegando em mãos o telefone e discando o número de Caap.

- Droga! Fora de área? – disse colocando o aparelho de volta na base – Eu vou pro meu quarto mãe.

- Guilherme, espera! Acho melhor irmos ao hospital cuidar disso!

- Não precisa, eu to bem! – disse subindo as escadas para seu quarto.

Naquela noite não dormiu. Ficou revirando em sua cama enquanto em sua mente os momentos de horror se repetiam.

Colégio Kisaragi Senior – Entrada - 06:56AM

- Ok, eu preciso me certificar de que tudo que aconteceu é real. – disse Guilherme olhando para o ferimento em seu abdome. Aquilo já era prova suficiente, mas ele preferiu tentar enganar-se.

 Colégio Kisaragi Senior – Sala 2-9 – 06:59AM

Entrou apreensivo sem olhar para os alunos. A sala estava em perfeito estado como se nada tivesse acontecido. Foi direto para a mesa do professor, ainda vazia, pois o instrutor da primeira aula ainda não havia chegado. Abriu imediatamente a lista de chamada e viu que estava diferente.

Os nomes de Aline, Gaby, Laura, Fredye e Will não estavam ali.

- Onde estão os nomes deles? – disse para si mesmo já com lágrimas nos olhos.

- Guilherme, você ta bem? – um garoto aproximou-se colocando a mão em seu ombro.

- ONDE ELES ESTÃO? – gritou pegando o garoto pelo colarinho do uniforme.

- Do que você está falando?! – respondeu assustado. Dois outros alunos os separaram, segurando os braços de Guilherme.

- Aline, Laura, Fredye, Will e Gaby! Os nomes deles não estão na lista!

- Esses nomes nunca estiveram na lista, garoto! Você ta maluco?

- Lindo, o professor de literatura. Onde ele está?! – respondeu em desespero.

- Nosso professor de literatura se chama Paul. É sério Guilherme, você bebeu?

- Não é possível! – disse baixo para si mesmo saindo da sala empurrando qualquer um a sua frente.

Residência dos Takashi – 07:30AM

- CAAP! CAAP! – chamou ofegante ao chegar a casa de seu amigo. A mãe da Caap surgiu e se aproximou de Guilherme.

- Ele não pode atender agora, não está se sentindo bem. – disse com pesar na voz.

- Você não entende, eu preciso falar com ele! Por favor, me deixe entrar!

- Você é que não está entendendo. Ele apareceu em casa extremamente tarde da noite com o olho machucado e se lamentando por ter visto a morte de pessoas que ele nunca conheceu! Algo aconteceu e tirou toda a felicidade do meu filho e eu não sei o que fazer! – baixou o tom de voz - Meu filho não pode atender ninguém no momento. Vá embora.

Enquanto isso no quarto, Caap estava parado em frente a uma parede. Seus lábios se moviam mas não diziam uma única palavra. Suas pupilas estavam minúsculas como se sua sanidade tivesse abandonado sua mente.

Os vestígios de todas as vítimas de Heavenly Host foram completamente apagados como se nunca tivessem existido. Porém, na memória daqueles que estiveram lá e voltaram com vida, eles estarão sempre presentes. A história que viveram foi real e o sofrimento que carregarão pelo resto da vida, também.

Espero que tenham gostado de toda a história, COMENTEM suas opiniões e a gente se vê na próxima série!

Grande abraço!
Att. Lukas233238